🎬 CINANIMA vai às Escolas 2025 na ESDJGFA
- esdjgfa

- 25 de nov.
- 3 min de leitura
Um programa de cinema, cultura e cidadania para 534 alunos do 3.º ciclo e secundário
Entre 7 e 21 de novembro de 2025, a Escola Secundária Dr. Joaquim Gomes Ferreira Alves integrou, mais uma vez, o programa CINANIMA vai às Escolas, iniciativa do 49.º Festival Internacional de Cinema de Animação de Espinho. Durante este período, 534 alunos — 459 do 3.º ciclo e cerca de 75 do ensino secundário — assistiram a uma seleção internacional de curtas-metragens de animação de autor, provenientes de vários países da Europa, CPLP e outros territórios.
Participaram 22 turmas (19 do 3.º ciclo e 3 do ensino secundário), distribuídas por 25 sessões realizadas nas aulas de Educação Visual e Oficina de Artes (3.º ciclo) e nas disciplinas de Desenho A e Oficina Multimédia B (secundário). Os alunos participaram com entusiasmo, curiosidade e espírito crítico, envolvendo-se nas discussões após os visionamentos.

🟦 2.º e 3.º CICLOS – Programa A
Filmes exibidos:
Sou Água – Ambiente, sustentabilidade
O Dodourado – Criatividade e imaginação
Kito, Maja e a Caixa das Esferas – A Visita da Cobra
Quando os Camurços Estão em Silêncio – Emoções e relações familiares
Candice – Bullying, solidão, saúde mental
Kito & Maja – Globo dos Sonhos e Fogo-fátuos – Valores e escolhas
Hannah & o Crocodilo – Saúde e autoestima
Sabe a Casa – Diversidade cultural
Os Desencontrados – Amizade e imaginação
🟦 2.º e 3.º CICLOS – Programa B
Filmes exibidos:
Pequeno César – Autoaceitação e identidade
O Veleiro no Fim da Rua – Emoções, confiança e resiliência
Um Abraço – Afetos e relação intergeracional
O Boneco de Papel – Criatividade e perseverança
Yungay – Segurança e memória coletiva
Quando o Oceano Sobe – Ambiente e alterações climáticas

🟩 ENSINO SECUNDÁRIO – Programa A
Filmes exibidos:
Vai Ficar Tudo Bem – Saúde mental e família
Não! – Burocracia e migração
Romina – Direitos reprodutivos
Lona – Corrupção e justiça social
Atraso – Relações humanas e tecnologia
Cota – Emissões e ecologia
Ravenera – Ciclo da vida e simbolismo
Turbolência – Ansiedade e crise
🟩 ENSINO SECUNDÁRIO – Programa B
Filmes exibidos:
Os Pirilampos – Trabalho e desigualdade social
Não haverá outro fim – Organização social e democracia
Lavomatrix – Media, manipulação e identidade
Nevoeiro a Cair – Impacto ambiental
Radix – Raízes, ecologia e simbolismo
Feed – Distúrbios alimentares
S.O.N.H.O. – Saúde emocional e ansiedade
Em Sincronia com o Sol – Produtividade e sociedade de consumo

Os alunos referiram que uma das curtas que mais os marcou foi Hannah & o Crocodilo, pela forma sensível como aborda temas de saúde, corpo e emoções. Também se destacaram Candice, Um Abraço, Pequeno César e Sou Água, que promoveram debates sobre amizade, diversidade, ambiente, empatia e bem-estar.
A atividade permitiu uma forte articulação com a Estratégia de Educação para a Cidadania da ESDJGFA, com as dimensões de Direitos Humanos, Democracia e Instituições Políticas, Desenvolvimento Sustentável, Literacia Financeira e Empreendedorismo e Saúde, assim como com os temas do PES (Educação Alimentar, Saúde Mental, Afetos e Prevenção da Violência).
Os filmes foram também ponto de partida para reflexão crítica, debate e atividades de expressão visual, consolidando aprendizagens das artes e competências previstas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PASEO).Esta iniciativa foi promovida pelos professores do Grupo de Artes Visuais da ESDJGFA, integrada na programação cultural do Plano Cultural de Escola EU-EM-REDE: comigo-contigo-com o mundo, no âmbito do Plano Nacional das Artes (PNA) e do Plano Nacional de Cinema (PNC).
O balanço é claramente positivo: os alunos envolveram-se ativamente, reconheceram significado nos filmes vistos e desenvolveram olhar crítico, sensibilidade estética e consciência cidadã — confirmando que o cinema continua a ser uma poderosa ferramenta educativa.

Para quem ainda acredita que as Artes “não servem para nada” ou que são apenas um adorno decorativo, a experiência do CINANIMA volta a mostrar exatamente o contrário: as Artes são uma linguagem essencial para compreender o mundo, para reconhecer emoções, para pensar criticamente e para aprender a ver.
Num tempo dominado por imagens, ecrãs, estímulos constantes e discursos rápidos, educar para o ver é educar para o pensar. É educar para sentir, interpretar, questionar, imaginar, compreender e transformar.
No Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, a sensibilidade estética, a criatividade, o pensamento crítico, o bem-estar emocional e o relacionamento interpessoal não são “complementos”: são competências nucleares da formação humana.
As Artes não enfeitam: iluminam.
Não ocupam espaço curricular: abrem espaço interior.
Não servem só para “fazer coisas bonitas”: servem para formar cidadãos mais livres, mais atentos e mais capazes de olhar o mundo com profundidade e humanidade.
E, por isso, continuaremos a mostrar filmes, a criar imagens, a desenhar, a imaginar e a educar para o olhar — porque um aluno que sabe ver é um aluno que sabe pensar.
Luís Ribeiro
Coordenador do PCE










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