BIP: Quando a poesia atravessa a escola
- esdjgfa

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Entre 2 e 5 de dezembro de 2025, a Escola Secundária Dr. Joaquim Gomes Ferreira Alves deixou-se atravessar pela poesia. Sem aviso, sem palco e sem distância, a palavra entrou nas salas de aula, percorreu corredores e interrompeu rotinas, convidando toda a comunidade escolar à escuta e ao espanto. Assim chegaram à ESDJGFA as Brigadas de Intervenção Poética.

Vindos da ESMAE, os alunos do 1.º ano da Licenciatura em Teatro – variante Interpretação trouxeram no corpo e na voz poemas “perigosos” — palavras que inquietam, provocam e obrigam a olhar de novo para o mundo. Sob a orientação do professor António Durães, cada intervenção foi um gesto artístico de coragem, um instante suspenso onde o quotidiano escolar deu lugar à emoção, à reflexão e ao pensamento crítico.
Esta experiência pedagógica, profundamente enraizada na cultura da escola, surpreende-nos sempre pela sua ousadia e pela forma como, em apenas alguns minutos, a rotina é suspensa para nos convidar a ouvir e a ver os outros de forma atenta e inquieta. A iniciativa foi dinamizada pelo Grupo Disciplinar de Português da ESDJGFA, que ao longo destes dias acompanhou, orientou e caminhou com os convidados pelos diferentes espaços da escola.
Professores, alunos e intérpretes partilharam percursos, salas e silêncios, criando pontes entre a literatura, o teatro e a vida escolar. A palavra tornou-se gesto, o silêncio ganhou significado e a poesia afirmou-se como presença viva, capaz de transformar o espaço escolar num território de encontro, liberdade e criação.
Esta iniciativa integra o Plano Cultural de Escola – EU-EM-REDE: comigo-contigo-com o mundo, no âmbito do Plano Nacional das Artes, reafirmando o compromisso da ESDJGFA com uma educação onde a cultura, a arte e o pensamento crítico ocupam um lugar central.
Porque a poesia, quando dita em voz alta e inscrita no corpo, torna-se performance: ocupa o espaço, convoca o outro e cria comunidade. E quando a palavra ganha corpo, a escola ganha vida.
A escola abriu-se — e, ao abrir-se, transformou-se. Obrigad@.






























































































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